Discurso do Presidente John F. Kennedy
Com o desafio lançado, a NASA iniciou a concepção e testes, necessários à colocação do homem na lua.
Entre os principais desafios, foi necessário construir uma nave capaz de descolar da terra, sair da órbita terrestre rumo à lua, orbitar e aterrar na lua, e, finalmente, descolar da superfície lunar e regressar à Terra.
Foi decidido construir não um, mas 3 veículos, que seriam como um todo, que viagariam para a lua. Foram eles:
- Módulo de Comando
- Módulo de Serviço
- Módulo Lunar
O Módulo de Comando era o módulo no qual os astronautas estavam acomodados aquando do lançamento e da reentrada. É a unica parte do veiculo espaçial que regressa à Terra.
Possui um escudo térmico, capaz de resistir às elevadas temperaturas da reentrada, sistema de para quedas, necessários para a desaceleração final e pouso na água, e sistema de boias, para que não se afundasse no oceano.
Módulo de Comando
O Módulo de Serviço albergava, para alem de equipamento de sobrevivência, o motor e respectivos tanques de combustível necessários para o regresso à terra. O Módulo de Serviço tinha também o sistema de comunicação necessário para manter o contacto entre a terra e o veiculo espacial, e, durante a AEV (Actividade Extra Veicular), servir de intercâmbio de comunicação entre o Módulo Lunar e a Terra. O Módulo de Serviço encontrava-se acoplado atrás do Módulo de Comando e Lunar.
Módulo de Serviço
Módulo Lunar
Veiculo Espacial Apollo
Os 3 veículos eram lançados pela mais poderosa máquina jamais construída, o Foguetão Saturn V, de múltiplos estágios, com um poder total de 156 milhões de cavalos. O primeiro estágio consistia de 5 motores F-1, alimentados a querosene e oxigénio liquido, que lançavam o foguetão a 64kms de altitude.
O segundo estágio, composto por 5 motores J-2, alimentados por hidrogénio liquido e oxigénio, levavam o Saturn V até orbita terrestre, atingindo a velocidade de 28.000km/h. O terceiro estágio lançava o veiculo espacial (vale a pena relembrar que o veiculo espacial Apollo compreende os 3 componentes, Módulo de Comando, de Serviço e Lunar) para fora da órbita terrestre, numa trajectória para interceptar a órbita lunar.
Numa viagem de cerca de 3 dias desde a terra até à Lua, que se encontra distanciada da Terra cerca de 250.000Kms, os astronautas constantemente controlavam a trajectória, reflectiam sobre a missão, e faziam inúmeros testes aos diferentes sistemas a bordo.
Chegados à orbita lunar, desaceleravam a nave com uma queima do motor do módulo de serviço.
Chegados à hora de iniciar a descida, o Módulo Lunar separava-se do Módulo de Comando, e afastava-se um pouco de modo a que o piloto do Módulo de Comando pudesse comprovar visualmente que o sistema das pernas de aterragem tinham-se desdobrado bem. Depois disso, o Módulo Lunar era colocado numa rota de descida em direcção à superfície lunar. Pouco depois de iniciar a descida, o estágio de descida era ligado, para desacelerar horizontal e verticalmente. Pousando na superfície lunar, o motor do módulo de descida era imediatamente desligado para não levantar mais poeira lunar. Após isso, os astronautas vestiam os fatos espaciais, que, para além de possuírem fornecimento de oxigénio, também possuíam controlo de temperatura e sistema de comunicações. Então, já com os fatos vestidos o habitáculo era despresurizado, abriam a escotilha, e desciam uma escada lateral até chegarem à base redonda da pata de aterragem, e, finalmente, pisavam o solo lunar, e realizavam as Actividades Extra Veiculares no solo Lunar. Na altura de regressar, a escotilha do habitáculo era fechada, e o habitáculo era pressurizado, para que os astronautas pudessem retirar os fatos espaciais. Seguia-se a ascensão.
O módulo de ascensão era automaticamente desacoplado do módulo de descida, que permanecerá para sempre na superfície lunar, e com um motor a hidrogénio liquido, sobe rumo à orbita, ao encontro do Módulo de Comando e Serviço, que continuam a orbitar a Lua. Após acoplar com sucesso, os astronautas do Modulo Lunar passam para o Módulo de Comando, a escotilha é fechada, e o Módulo Lunar era desacoplado, caindo de volta para a superfície lunar, com a qual colidia a grande velocidade, a cerca de 9.000km/h.
Após os astronautas estarem em segurança a bordo do Módulo de Comando, o motor do módulo de serviço era ligado na altura correcta, de modo a colocar o veiculo espacial a caminho da Terra, de modo a aterrar numa zona pré determinada do Oceano Pacífico, onde estariam espalhados navios de resgate.
Na viagem de regresso, é possível contemplar o esplendor da Terra, os astronautas experimentam um leque de sensações inesquecíveis à medida que a Terra fica maior e maior à medida que estão mais perto, a ansiedade toma lugar, à medida que a reentrada se aproxima. Uma hora antes da reentrada, o Módulo de Serviço é desacoplado do módulo de Comando, e, por fim, a uma velocidade enorme (o Módulo de Comando da Apollo 10 penetrou a atmosfera terrestre a uma velocidade record de 39.860km/h), o Módulo de Comando penetra a atmosfera terrestre. A fricção com a atmosfera, a 100km de altitude, aquece o escudo térmico a uma temperatura abrasadora que pode chegar aos 8000ºC. Durante 2 minutos, o Módulo de Comando perde grande parte da sua velocidade. A uma altitude de 4 kms de altitude, os 3 para quedas principais são libertados, e acaba por pousar no oceano a uma velocidade de apenas 22km/h. Navios espalhados pelo Oceano Pacifico aguardavam pela chegada do veiculo espacial, para prevenir, caso este amarasse em zonas diferentes, para poderem resgatar os astronautas tão rápido quando possível
Amaragem da Apollo 11
Salvamento da tripulação da Apollo 11
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